Enquanto bandas como The Velvet Sundown ganham espaço com músicas criadas por IA, músicos humanos, especialmente os independentes, enfrentam riscos crescentes de precarização e perda de oportunidades.
A música criada por inteligência artificial tem chamado cada vez mais atenção no mercado, com projetos como a banda The Velvet Sundown acumulando milhares de ouvintes e gerando debates importantes sobre o futuro da indústria musical. Embora a tecnologia ofereça possibilidades inéditas, ela também impõe desafios sérios, sobretudo para os músicos independentes que dependem da originalidade e do reconhecimento humano para sobreviver.
O fenômeno da banda IA The Velvet Sundown
Lançada como um projeto de música retrô, a banda The Velvet Sundown combina sons e vocais totalmente gerados por IA, e já aparece em playlists populares nas principais plataformas de streaming. A sonoridade é elogiada pela qualidade técnica, mas não traz a essência e a alma que um artista humano pode transmitir.

Impactos para músicos reais
- Perda de oportunidades: a facilidade e o baixo custo para produzir músicas por IA podem reduzir a demanda por artistas reais, especialmente em nichos mais comerciais e playlists de fundo para estudos ou ambientes.
- Desvalorização da criatividade: a produção automatizada pode banalizar o valor da música como expressão artística, prejudicando aqueles que dedicam tempo, talento e emoção às suas composições.
- Concorrência desigual: músicos independentes, com recursos limitados, enfrentam dificuldades para competir com a rapidez e volume de músicas produzidas por IA.
Considerações finais
Embora a inteligência artificial traga avanços interessantes para o universo musical, é fundamental reconhecer os riscos e buscar um equilíbrio que valorize a criatividade humana. Músicos reais devem ser protegidos e valorizados, enquanto a tecnologia pode ser uma aliada, não uma substituta. Confira a música Dust on the Wind abaixo: